17/05/2006 - 10:00
O Brasil tem sete milhões de pessoas que investem em planos privados de aposentadoria. Elas já têm R$ 81 bilhões em planos como PGBL e VGBL, criados por empresas de previdência para quem pensa em fazer um pé-de-meia para não depender somente do INSS quando parar de trabalhar. São planos para até 30 anos. Poucos sabem que é possível levar os recursos desses planos de um administrador para outro. Quem estiver descontente pode solicitar a migração dos recursos para outra instituição. De fato, cerca de duas mil pessoas trocam de gestor mensalmente. Mas será que isso vale a pena? Nem sempre. É preciso cuidado nas comparações e não agir por impulso, alerta Eduardo Bom Angelo, presidente da Brasilprev. “Previdência é planejamento de longo prazo, por isso a portabilidade deve ser muito bem pensada”, afirma.
Se o critério for a rentabilidade, é preciso comparar períodos longos, já que resultados – bons ou ruins – de curto prazo nem sempre se repetem no longo prazo. “Cinco anos é um bom prazo para se analisar o desempenho”, aconselha Luís Maida, gerente da seguradora Icatu Hartford. Só devem ser comparados fundos com perfis semelhantes de risco. Os mais agressivos, como os multimercados, não podem ser comparados com os mais conservadores, como os de renda fixa. As taxas de administração também são importantes. Um plano com taxa de 1% ao ano, por exemplo, tem um rendimento bruto 30% maior do que outro com taxa de 2,5% num prazo de 20 anos, segundo a Icatu.