17/05/2006 - 10:00
Foi um verdadeiro toque de Midas. A alta impressionante do ouro na Bolsa
de Nova York puxou as cotações do nobre metal no Brasil. Para alegria dos investidores, o grama do ouro subiu mais de 40% nos últimos 12 meses. É um desempenho impressionante, considerando-se que o preço do ouro na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) reflete os preços internacionais em dólar e a cotação da moeda americana no Brasil caiu 14% no mesmo período. Com receio de turbulências econômicas globais por causa da elevação dos preços do petróleo e de conflitos militares envolvendo os Estados Unidos e o Irã, investidores e até mesmo governos nacionais têm buscado a segurança e a liquidez do ouro. China, Rússia e vários outros países estão aumentando suas reservas. Aqui, o grama do ouro na BM&F saiu de R$ 32,60 em maio de 2005 para R$ 47,10 na terça-feira 9. Há projeções de que o metal poderá alcançar R$ 55 até o final do ano, caso o dólar permaneça na casa dos R$ 2. “O panorama está muito favorável”, diz Mauriciano Cavalcante, operador da empresa Ourominas. Não se deve, no entanto, ir com muita sede ao pote. O ouro é uma aplicação de risco, sujeita à volatilidade internacional, e deve ser visto como mais uma opção de diversificação de investimentos. “Como reserva de valor, o ouro é uma boa aplicação. No entanto, é um risco entrar com força nesse mercado depois de uma alta tão grande”, alerta Aparecido Ferreira, analista da Corretora Souza Barros.