Desde que o francês Louis Cartier criou o relógio de pulso atendendo a um pedido de Santos Dumont, no início do século XX, muita coisa mudou. Cronógrafo, calendário lunar, altímetro e barômetro foram algumas das funções que se incorporaram à imprescindível marcação das horas. O que não mudou foi o esmero técnico e de acabamento utilizado pelos mestres relojoeiros das marcas mais tradicionais. Em suas mãos, materiais nobres, como ouro branco, diamante e platina, revestem mecanismos ultraprecisos e viram verdadeiras jóias. Isso ajuda a explicar por que alguns modelos, como os fabricados pela suíça Patek Philippe (a Ferrari dos relógios), custam mais de R$ 100 mil no Brasil. “Como viraram jóias, os relógios sofisticados estão sendo colecionados”, garante Christian Hallot, executivo da joalheria H.Stern. Masculinas ou femininas, estas preciosidades provam que o desejo de ser dono do tempo subsiste – e, se for com refinamento, custam caro.