Das telas políticas dos anos 60, inspiradas em fotos de jornais, a exemplo de Estudante sendo preso (1968), passando pela ironia do figurativismo de Signo (2000), no qual ele trabalha a forma do parafuso para questionar o impasse da arte contemporânea, Tozzi sempre apostou na experimentação e na busca de novas linguagens. Uma síntese das diversas fases da sua produção artística encontra-se nesta exposição de 22 pinturas e três objetos que o artista prefere não chamar de retrospectiva. Entre os destaques, Guerra e paz (1963/64) chama a atenção pelo uso de uma peneira com suporte. Mas o que encanta mesmo é a atmosfera pop de Mulher bebendo (1967) e Astronauta (1969), calcadas nas histórias em quadrinhos e marcadas pela alegria e exuberância de cores.
(Ivan Claudio) Vale a pena