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OS HERDEIROS
Christopher (Jesse Metcalfe), Rebecca (Julie Gonzalo), John (Josh Henderson)
e Elena (Jordana Brewster): rivalidade nos negócios e no amor

Escândalos, traições, poder e dinheiro formam uma mistura explosiva tanto nos noticiários quanto no encadeamento fantasioso da ficção. Isso explica a aposta na ressurreição de uma série que recebera a pá de cal há duas décadas, mas que vivia na memória de milhões de pessoas. Fala-se aqui de “Dallas”, que volta repaginada a partir da segunda-feira 18 no Warner Channel. Na atual onda de programas televisivos do gênero, a escolha do título não se deu por acaso: a lendária desavença de uma família texana na luta pelo domínio de uma empresa petrolífera ficou no ar entre 1978 e 1991 e chegou a ser acompanhada por um público estimado em 300 milhões de pessoas em todo o mundo. A série não é um remake da antiga história, mas uma versão atualizada do clã Ewing. Os produtores acreditam que, dessa forma, atrairão tanto os fãs do passado quanto os espectadores atuais para os quais o apelido J.R. não significa nada. Se antes as brigas familiares não visavam outro horizonte além do Texas, agora se dão no cenário da economia globalizada e dos fantasmas da crise econômica mundial. Os personagens antigos, obviamente, não apenas envelheceram. J.R., por exemplo, interpretado por Larry Hagman, enfrenta sucessivas depressões que levam sua mulher, Sue Ellen (Linda Gray), outrora alcoolista, a assumir as rédeas da companhia. A nova geração, claro, traz o gene da ambição: John Ross Ewing III (Josh Henderson), filho de J.R., e Christopher Ewing (Jesse Metcalfe) , adotado por seu irmão Bobby, reproduzem o espírito competitivo dos respectivos pais e assim impedem que a chama do enredo se apague.

Como uma boa novela do gênero, o conflito entre os herdeiros não fica apenas no âmbito dos negócios. Os primos Cristopher e John disputam também o coração de uma mesma mulher, Elena Ramos, interpretada pela panamenha, filha de brasileiros, Jordana Brewster. Gravado no Texas, assim como a produção antecessora, o seriado vem causando polêmica mesmo antes de estrear. Seu criador, David Jacobs, não foi sequer consultado para a empreitada, apesar de seu nome aparecer nos créditos numa exigência do sindicato dos roteiristas. A autora, Cynthia Cidre, promete frescor à trama, mas atira em um alvo fácil. Ela pretende reviver a cena em que o personagem principal foi atingido por uma bala e o mundo em frente à tevê se perguntou: “Quem atirou em J.R.?”  

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