De um lado, estudantes com livros, flores, pedras, tijolos e palavrões na ponta da língua. De outro, a tropa de choque da PM com bombas de efeito moral, cassetetes, escudos e a ordem para revidar a qualquer ataque físico dos manifestantes. A cena é digna dos anos 1970, mas aconteceu na terça-feira 9. O conflito na Universidade de São Paulo começou após um protesto de alunos, professores e servidores, cada um reivindicando de acordo com seus interesses: a saída dos PMs, reajuste salarial, maior autonomia universitária e o fim do ensino a distância. Dez pessoas ficaram feridas – cinco policiais e cinco estudantes. A PM ocupa o campus desde o dia 1º por ordem da reitora, Suely Vilela. "A polícia não cometeu nenhum exagero porque cumpriu ordem judicial", disse na quarta-feira 10 o governador de São Paulo, José Serra.