22/03/2006 - 10:00
Os brasileiros brevemente vão poder acompanhar uma novela de um jeito no mínimo inusitado: na telinha do celular. Idéia do diretor teatral Rodrigo Pitta, que em 1999 conquistou o País com o espetáculo Cazas de Cazuza, e dos produtores Homero Olivetto e Marcus Baldini, a novidade foi batizada de movela – mistura de novela com mobile, celular, em inglês. Deve chegar ao mercado até o final deste ano. Enquanto Pitta termina de fechar com uma operadora, um fabricante de celular e uma grande distribuidora de filmes, são rodadas as primeiras cenas da movela de estréia, batizada de É difícil.
Composta por três temporadas de oito minutos, a trama se passa em um edifício decadente do centro de São Paulo. “A cada semana o espectador fará o download de dois minutos da história e, no final do mês, terá a temporada completa em seu aparelho”, explica Pitta. O sistema parece com o que transformou a série televisiva americana 24 horas numa versão pocket para celular, a 24 minutos. Além da trama, a versão brasileira terá pequenos realities shows das personagens. No tal edifício, uma stripper (Luciana Vendramini), um corretor de imóveis (o VJ Casé, da MTV) e um roqueiro frustrado (Theo Cochrane), entre outros, se unem por causa do entupimento de um cano. A obstrução se deve a uma mão decepada de mulher segurando um telefone celular. O aparelho guarda imagens de todos os condôminos do edifício e os instiga a desvendar o crime. Prato cheio para voyeurs e noveleiros de plantão.