24/12/2003 - 10:00
O 2003 dos brasileiros, para o bem ou para o mal, teve a marca indelével das emoções fortes e variadas. Elas entraram em cena logo nas primeiras horas do ano, na emocionante festa da posse de Lula, o primeiro operário eleito para presidir o País. Arrebataram o público no cinema, em superproduções como Matrix reloaded e o nosso Carandiru. Na telinha, acompanharam as ricas personagens da novela Mulheres apaixonadas, de Manoel Carlos. Houve também dor. Após os ataques ao Iraque, sofremos com o atentado à sede da ONU, no mesmo país, que matou o embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Mello. A adrenalina durou até dezembro, com a captura de um barbudo e desgastado Saddam Hussein, como um bicho de frestas, num buraco próximo a Tikrit, sua cidade natal. No plano interno, o governo baixou juros, acertou contas para melhorar a credibilidade externa e atravessou o mar vermelho do sufoco, aprovando as reformas tributária e da Previdência. O início do caminho está pavimentado. Se a maior parte do planejado der resultados, teremos um 2004 mais leve e animador. E aí as emoções, inevitáveis, poderão até ser mais leves.
01/01 – A esperança venceu o medo e Luiz Inácio Lula da Silva, após três derrotas eleitorais (1989, 1994 e 1998), assume a Presidência da República. A exemplar transição do comando da Nação do sociólogo Fernando Henrique Cardoso para o líder sindical petista dá início
a uma nova fase na história do Brasil.
11/01 – Entra em vigor o novo Código Civil, substituindo leis de 86 anos, já absolutamente defasadas.
15/01 – ISTOÉ denuncia a Máfia dos Fiscais no Rio de Janeiro, em reportagem que levou à prisão de Silveirinha, ex-subsecretário do Estado.
28/01 – Com a maior abstenção eleitoral da história de Israel, Ariel Sharon é reeleito primeiro-ministro. O país está mergulhado na pior situação econômica desde 1953.
28/01 – Sete pessoas morrem soterradas em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, outras 80 pessoas morreram por causa das fortes chuvas de janeiro.
31/01 – ISTOÉ revela relatório da Polícia Federal sobre a remessa ilegal de US$ 30 bilhões para o Exterior através do Banestado.