Natal é tempo de festa e, principalmente, de consumir e presentear. Difícil resistir à enxurrada de novidades e promoções. Este ano, ao que tudo indica, a bola da vez entre os presentes tecnológicos serão as câmeras fotográficas digitais. Pesquisa realizada pelo QualiBest, instituto de pesquisas especializado em internet, mostrou que dois terços dos entrevistados pretendem adquirir a sua primeira máquina digital nos próximos seis meses. Além de muita novidade nas prateleiras, o preço mais acessível e os vários recursos, como a função de filmadora, tornam cada vez mais viável realizar esse sonho de consumo. Só no ano passado foram vendidos mais de 27 milhões de câmeras digitais em todo o mundo. No Brasil, elas ainda representam uma fatia de 3% de todas as vendas, mas a expectativa é de que esse porcentual dobre.

Escolher o modelo ideal pode ser uma tarefa complicada. O desenho, o tamanho e o peso enchem os olhos na hora da compra, mas a dica é levar em conta a relação custo-benefício. Para isso, é preciso saber exatamente qual a sua necessidade real. Se o objetivo for apenas tirar fotos para enviá-las por e-mail, uma câmera com resolução de até 1,3 megapixel é mais do que o suficiente. Se a idéia é imprimir as fotos digitais em papel fotográfico, a resolução precisa ser um pouco melhor. Quanto maior a resolução, melhor a qualidade da imagem e maior o tamanho da ampliação da foto. Portanto, o limite nesse caso é o bolso.

Quem ainda não domina o universo das câmeras digitais tem que levar em conta outras funções, como a memória. Grande parte dos modelos tem memória interna e entrada para cartões com memória adicional, que variam de oito Mbytes a 256 Mbytes, o que permite guardar mais de 400 fotos. Existem pelo menos seis formatos de cartões, nem todos compatíveis entre si.

A tela de cristal líquido, presente na maioria dos novos modelos, é essencial para ajudar no enquadramento da foto. Vale lembrar que ela ligada consome mais bateria. Para quem ainda resiste às câmeras digitais porque prefere ver, guardar e exibir as fotos em porta-retratos pela casa, aí vai uma boa notícia. Já é possível imprimir as imagens digitalizadas em pequenas impressoras pessoais, como a Estação Impressora 6000 da Kodak, que custa R$ 1 mil e é compatível com todas as câmeras da linha EasyShare ou a Photosmart 7760, da HP, que custa R$ 800 e também dispensa o computador.

Ampliação – Para os que não querem gastar mais na compra de outro equipamento, há os laboratórios virtuais, entre eles os da Kodak, da Fuji e outros menos conhecidos espalhados pela internet. Pelos sites das empresas, o cliente pode baixar suas fotos, escolher aquelas que deseja imprimir e enviá-las por
e-mail. O envelope com as fotos ampliadas em papel segue pelo correio. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Material Fotográfico e Imagem (Abimfi) existem cerca de 6,5 mil minilaboratórios especializados em fotos digitais no País.

A Noritsu, por exemplo, dispõe seus serviços em lojas de fotografia localizadas nos quatro cantos do Brasil – de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Serra Talhada, em Pernambuco. Toda essa facilidade não sai tão caro. Ao contrário do que muita gente imagina, imprimir uma foto digital custa cerca de R$ 1,50, pouco mais do que a ampliação de uma foto convencional. Ainda há tempo de mandar uma cartinha ao Papai Noel e encomendar a sua câmera digital. Basta escolher o modelo mais condizente com o bolso dele.