Como é possível um governo tão preocupado com a aplicação justa
e ética dos recursos públicos do País nomear para o cargo de ministro
de Estado o sr. Anderson Adauto, cidadão que, além de ser suspeito
de envolvimento em fraudes, ter sido conivente e ativo participante, quando presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, de pelo menos 21 decisões inconstitucionais (em procedimentos tidos como “secretos” que muito se assemelham aos que os militares usaram durante o regime militar brasileiro), que, entre outras coisas, contribuíram para
a elevação do salário dos deputados acerca de R$ 60 mil mensais,
o que se tornou um dos maiores escândalos do Legislativo mineiro? “Dossiê Iturama” (ISTOÉ 1737).
Rodrigo Borges de Campos Netto
Brasília – DF

Novo código
Cumpre-me, preliminarmente, parabenizar a equipe da ISTOÉ pela excelência da matéria “Enfim, a nova lei” publicada na edição 1737. Sinto-me, todavia, até mesmo por haver sido o último relator-geral da matéria na Câmara dos Deputados, no dever de colocar-me à disposição dos ilustres jornalistas para esclarecer pequenos equívocos constantes da reportagem. Reconheço que um tema como esse, pelas suas especificidades e complexidades, constitui campo fértil para que jornalistas competentes e experientes possam ser conduzidos a equívocos. Entretanto, a seriedade e o compromisso com a verdade impõem a realização de algumas retificações, às quais não deveria me furtar. Equivocou-se a reportagem quando afirmou no quadro da página 45, sob o título “Herança”, que tanto o cônjuge como “o companheiro ou a companheira (em caso de união estável) são herdeiros necessários, devendo receber a mesma quantia que cada filho na partilha”. Em primeiro lugar, impende retificar que o Código apenas considera herdeiros necessários os descendentes, os acendentes e o cônjuge (art. 1845). O companheiro não foi considerado como tal.
Deputado Ricardo Fiuza
Recife – PE

Energia
Excelente a declaração do dr. Luiz Pinguelli Rosa quando afirma que a Eletrobrás e as empresas da holding poderão contribuir com o Programa Fome Zero ao estimular e apoiar o uso das barragens para a produção de peixes e as faixas das linhas de transmissão para o plantio. É isso que vem sendo feito pela Chesf, que tem apoiado os projetos de piscicultura em seus grandes lagos – só no lago de Xingó existem milhares de tanques-rede. O plantio ao longo das faixas das LTs. vem sendo estimulado por João Paulo Aguiar há anos. E a Chesf tem mais de 18 mil quilômetros de linhas de transmissão. A minha expectativa é que também os projetos, voltados para a exploração do potencial turístico nas áreas de atuação das hidrelétricas – no caso específico, a região dos Lagos do Rio São Francisco (15 municípios) –, também mereçam uma atenção especial da Eletrobrás. “A Eletrobrás é nossa” (ISTOÉ 1737).
Antônio Galdino da Silva
Salvador – BA

Sergipe
Estou muito orgulhoso de ter votado por duas vezes seguidas no ex-governador Albano Franco, pois acreditava em seu trabalho, que hoje temo estar por um fio com a posse do governador João Alves Filho, que se elegeu incitando o xenofobismo pelo candidato e atual presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra. Explica-se, há oito anos, quando Albano assumiu, o então ex-governador era justamente João Alves. Espero que o novo velho governador, que diz ter aprendido com seus “erros”, não destrua o excelente trabalho de Albano, que, entre outras obras, revitalizou a indústria sergipana. “A parada de Albano” (ISTOÉ 1737).
Givanildo F. da Silva Junior
Aracaju – SE

Obesidade
Segundo informações da mídia, dez adolescentes americanos que,
juntos, pesam uma tonelada, alegam que a rede McDonald´s é responsável por seus problemas de saúde. Eu acho que, a exemplo
desse grupo de jovens, companhias de cigarros e bebidas alcoólicas também podem ser acusadas de provocar doenças. Embora haja a
livre escolha de cada um, devemos reconhecer que a propaganda ajuda (e muito) a induzir pessoas fracas a fazerem coisas desaconselháveis. Cigarros, bebidas alcoólicas e fast-foods têm muitos consumidores,
pois as suas propagandas sempre foram maciçamente veiculadas. Infelizmente, dinheiro não falta no investimento de produtos que
causam diversos males, provocadores da morte prematura em algumas pessoas que cedem à pressão de suas propagandas e ao prazer momentâneo. “O povo contra McDonald’s” (ISTOÉ 1737).
Fernando Al-Egypto
Rio de Janeiro – RJ

Dez crianças vêm processando o McDonald’s por servir-lhes guloseimas que supostamente trazem malefícios à saúde. No entanto, deveriam, antes de tudo, processar seus pais. Afinal, foram eles que ficaram todo este tempo sem se preocupar com a saúde dos filhos e, por sinal, continuam se importando apenas com o dinheiro das indenizações.
Bruno Tillmann
Rio de Janeiro – RJ

Acredito que a dependência de consumo desses sanduíches não é diferente do vício de um drogado, de um fumante ou de um alcoólatra. Além do mais, os consumidores são fisgados por uma campanha de marketing mundial fortíssima, que envolve milhões de dólares e que tem por obrigação ter um retorno satisfatório.
Antonio Auggusto João
São Paulo – SP