05/12/2001 - 10:00
Painéis do pintor Anísio Araújo de Medeiros, com imagens de batalhas em que soldados brasileiros libertaram cidades italianas do nazi-fascismo, poderão ser vistos em suas cores originais neste verão carioca. A obra está no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, reinaugurado na quarta-feira 28, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Lá estão enterrados 468 brasileiros que tombaram na Segunda Guerra Mundial. A pira que simboliza os heróis foi novamente acesa e pracinhas que participaram da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foram reverenciados ao som do Hino Nacional. A soma gasta na restauração totalizou R$ 4 milhões, segundo Flávio Antônio Corrêa, presidente da Fundação Cultural Exército Brasileiro, que pretende recuperar, através de outros projetos, mais de quatro séculos da história da Força Terrestre.
O arquiteto Marcos Konder Netto foi consultado para que o estilo da obra fosse preservado. Ele e o colega Hélio Ribas Marinho se responsabilizaram pelo projeto do monumento, inaugurado em 1960. O Brasil enviou 25 mil soldados à Itália, além dos pilotos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça e dos marinheiros que morreram na defesa de navios brasileiros. “Lutamos pela liberdade e os mortos retornaram cobertos de glórias”, disse o brigadeiro Ruy Moreira Lima, 82 anos, que participou da Ofensiva da Primavera, em abril de 1945, que expulsou os alemães do Vale do Pó, na Itália. A aviação de caça brasileira representava 5% da força aerotática aliada e destruiu 85% dos depósitos de munição dos alemães.