30/11/2005 - 10:00
A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), do IBGE, feita em 2004, mostra que o Brasil está no caminho certo, mas em ritmo lento. Os rendimentos do trabalho tiveram melhora, a concentração de renda diminuiu e houve ganhos reais entre a população mais pobre. A qualidade de vida da classe média, traduzida em celulares e computadores, melhorou bastante, bem mais do que os serviços de primeira necessidade, como o saneamento básico. Alguns dados:
• 2,7 milhões de pessoas entraram no mercado de trabalho em 2004. Em
2003, foi 1,2 milhão.
• O índice Gini, que mede a concentração de renda, baixou de 0,6 para 0,547 ponto (o menor desde 1981). O ganho dos trabalhadores mais pobres foi de 3,2% e os mais ricos tiveram perda de 0,6%.
• Em 2004, o número de lares com computador cresceu 11,2%, a conexão com a internet se ampliou em 11%, e em cinco anos os domicílios com telefone passaram de 37,6% para 66,1%.
• O porcentual de casas com esgoto cresceu bem menos: 3,5%. Em cinco anos, o número de casas sem energia elétrica diminuiu de 5,2% para 2,6%.
• A taxa de analfabetismo acima dos dez anos foi 10,5% no País. Com grande desigualdade regional: 5,7% no Sul e 20,6% no Nordeste.