19/11/2003 - 10:00
Morreu o “pássaro”
Quarta-feira 12, fim de uma ensolarada tarde no Rio de Janeiro, na badalada Praia do Pepino. Edvaldo Souza da Silva, o Valtinho, 27 anos de idade e 15 anos de esporte, fazia um vôo duplo de asa-delta com a turista Ana Rosa Lapa dos Santos. Em seu currículo de diversos prêmios, Valtinho acumulava o título de campeão
do High Level Internacional. Ele voava tão bem e tão leve que os amigos o chamavam de o “pássaro”. Mas no belo anoitecer da quarta-feira a sorte não mais lhe seria madrinha: a sua asa-delta chocou-se contra uma rocha sob a Pedra da Gávea. Ele morreu na hora. Ana Rosa chegou a ser hospitalizada, mas também faleceu. Ainda não se sabe a causa do acidente, mas testemunhas alegam que a asa-delta teria se partido em pleno vôo, a 150 metros do chão.
José Paulo Barbosa
É com profundo pesar que informamos o falecimento
na quinta-feira 13 do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de São Paulo, sr. José Paulo Barbosa. Ele morreu de infarto aos 42 anos.
Miss coragem
A Miss Afeganistão, Vida Samadzai, ganhou o
prêmio Beleza por Uma Causa no concurso Miss
Planeta Terra 2003, realizado nas Filipinas.
Vida foi premiada pela coragem que teve de
participar do concurso, desafiando os costumes afegãos que segregam a mulher. O governo do Afeganistão já declarou que ela será processada,
caso regresse ao seu país.
Condenação por DNA
O ex-policial civil José Pedro da Silva foi condenado na terça-feira 11, em Brasília, pelo Tribunal do Júri, a 15 anos de prisão. Ele matou a estudante Michelle de Oiveira Barbosa, 16 anos, em 1998. Foi a primeira condenação do País sem que tenha sido achado o corpo da vítima – caiu o secular princípio de que não há homicídio sem cadáver. A sentença baseou-se num exame de DNA que comprovou que o sangue encontrado no carro de Silva era da garota. Eles mantinham um romance sigiloso porque Silva era casado. Michelle engravidou, ele não quis assumir a paternidade e ela ameaçou tornar público o seu envolvimento amoroso fora do casamento. Por isso morreu.
Mistério nos Jardins
Na noite da quinta-feira 13, o vigia da rua França, no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo, notou que o andar superior de uma das casas estava pegando fogo. Chamou os bombeiros. Dentro do sobrado foi achado o corpo carbonizado de Maria Aparecida Fonseca Smith, 85 anos. Ela estava sobre a cama com pés e mãos amarrados. Na entrada do quarto, outro corpo. Era de Miriam Fonseca Smith, 61 anos, filha de Maria, morta com quatro tiros no peito. Havia 65 latas de querosene na casa e uma carta de desabafo supostamente escrita por Miriam. Era ela quem cuidava da mãe, que sofria de mal de Alzheimer. A casa não tinha sinais de arrombamento e nada parece ter sido roubado.
Morreu o ator Art Carney, que ficou famoso por participar da série de tevê The honeymooners. Carney ganhou o Oscar de melhor ator em 1974 pelo filme Harry, o amigo de Tonto. Nos EUA, de causa não revelada, aos 85 anos. No domingo 9.
Recebeu alta o ator Paulo Autran, 81 anos, que foi internado no Hospital Sírio Libanês no dia 5 em coma e com pneumonia. Segundo os médicos, Autran poderá retomar suas atividades normais em alguns dias. Em São Paulo. Na sexta-feira 14.
Elevadas para 30 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo as condenações dos sete sequestradores do publicitário Washington Olivetto. Inicialmente, eles foram condenados a penas que iam de 12 a 19 anos. Em São Paulo. Na quinta-feira 13.
Libertado pelo Superior Tribunal de Justiça o líder sem-terra José Rainha Júnior. Ele permaneceu preso durante quatro meses sob a acusação de porte ilegal de arma por decisão do juiz da cidade de Teodoro Sampaio. No Pontal de Paranapanema. Na quarta-feira 12.