Mar de sangue

A organização americana Sea Shepherd Conservation Society divulgou na semana passada um vídeo com imagens chocantes
de uma prática comum no Japão: a caçada aos golfinhos. A fita mostrava pescadores
da cidade de Taiji envoltos num mar de sangue. Para facilitar a captura, eles
atraíam os animais para pequenas enseadas, batiam nas águas para provocar ondas que confundem o senso de direção dos golfinhos e só depois lançavam seus arpões. A matança é legal no Japão, onde há cotas de captura durante a temporada de
caça, que vai de outubro a abril. A carne dos golfinhos é enlatada e vendida em supermercados.

 

Máquinas de voar

Um estudo publicado pela revista científica
britânica Nature revelou um pouco mais sobre os pterossauros, répteis gigantes que reinavam nos céus de todo o planeta há 248 milhões de anos. Depois de reconstituírem o cérebro de dois deles a partir de tomografia computadorizada, um dos quais o brasileiro Anhanguera santanae, achado no Ceará, os cientistas concluíram que esses animais eram mais habilidosos do que as atuais aves e morcegos. Isso porque as regiões neurais de seus cérebros eram maiores e mais especializadas no equilíbrio e na destreza de vôo.

Bela virtual

Nada de Gisele Bündchen. Os londrinos se encantaram mesmo com Kaya, a brasileira de rosto pintado de sardas, sobrancelhas grossas e boca sensualíssima (foto). Totalmente criada no computador pelo videoartista brasileiro Alceu Baptistão, a bela foi um dos destaques da exposição Perfeitamente real: mulheres em bits e bytes, que aconteceu na Inglaterra.

Atlas marinho

Onze cientistas de dez instituições de pesquisa levaram seis anos para elaborar o primeiro catálogo nacional de peixes marinhos. Entre as 1.298 espécies descritas estão quatro lampréias e peixes-bruxa, 1.155 peixes ósseos, 139 raias e tubarões (foto). O último levantamento da costa brasileira aconteceu em 1940, quando foram relatadas 578 espécies, menos da metade do que se conhece hoje.

Rei em fúria

Nasa 

O show de cores que se viu foi a maior tempestade solar dos últimos 30 anos. A erupção na superfície do Sol produziu uma nuvem de gás e partículas elétricas 13 vezes maior do que a Terra, que viajou a oito milhões de km/h antes de atingir nosso planeta na quarta-feira 29. O fenômeno foi em parte uma surpresa, já que aconteceu fora do ciclo de erupções solares, que se repetem a cada 11 anos – o último foi em 2000. A explosão afetou redes de transmissão elétrica, sistemas de controle aéreo e satélites. Tempestade semelhante ocorreu em 1989 e provocou um blecaute em Quebec, no Canadá.