05/11/2003 - 10:00
Saúde do homem
Lena Castellón, Lia Bock e Mônica Tarantino fizeram uma bela reportagem na revista ISTOÉ 1778 sobre “A saúde do homem”. As mulheres, bem mais precavidas do que os homens, procuram profissionais médicos. Milhares de homens são acometidos pelo câncer da próstata por preconceito. O toque retal é essencial e o governo gasta milhões em propaganda, mas o tabu continua prevalecendo.
Carlos Arthur Schwarz
Vitória – Es
O homem evolui em todas as áreas do conhecimento, notadamente na medicina. Hoje, sabemos utilizar a medicina na melhoria da qualidade de vida e, consequentemente, a prevenção é o carro-chefe do segredo do bom viver. ISTOÉ, de uma maneira bem sutil, dá um “puxãozinho de orelhas” no chamado sexo forte, na realidade bastante fragilizado com seus preconceitos e tabus. A reportagem serve de alerta para todos aqueles que queiram melhorar seu prognóstico caso tenham um tumor
em qualquer parte do organismo.
Isaac Soares de Lima
Maceió – AL
Enquanto houver preconceito em achar que aquele que se submete ao exame de próstata poderá perder sua masculinidade, muitos morrerão. Nesta sociedade machista, muitos preferem morrer do que se submeter ao exame por pura ignorância e falta de esclarecimento. Por isso, o melhor remédio é a reeducação.
Marcelo M. Pereira
Florianópolis – SC
Sérgio Renault
Parabéns pela entrevista com o dr. Sérgio Renault. O governo tem
que realmente repensar suas atitudes antes de criticar a morosidade
da Justiça, uma vez que 80% das ações hoje existentes têm como
réu o próprio governo, que por muitas vezes insiste em prorrogar,
através de apelações e instâncias superiores, ações que jamais
obterão êxito. O governo deveria criar alternativas mais simples para
que inclusive os órgãos públicos tivessem alçadas de proposição de acordos amigáveis em ações que os órgãos possuem consciência de
que perderão, agilizando consequentemente a Justiça brasileira.
“Que a Justiça seja feita” (ISTOÉ 1778).
Fábio de Carvalho
São Paulo – SP
Oportuna a entrevista feita com o secretário da reforma do Judiciário Sérgio Renault. Embora ele ressalve que seus objetivos consistem em fazer, com relação ao Poder Judiciário, um diagnóstico, projetos modernizadores da gestão e acompanhar as alterações legislativas, a simples denominação de sua secretaria não pode esconder a despótica organicidade. Basta comparar hipótese inversa em que o Supremo Tribunal instituísse uma Secretaria de Reforma do Executivo ou do Legislativo! Aliás, erradamente, a república brasileira copiou da França um Ministério da Justiça no Poder Executivo, não se dando conta de que a teorização de Montesquieu dos Três Poderes nunca foi adotada naquele país! Para os cidadãos, a principal reforma judicial depende da lei comum, agilizando os processos! De resto, funcionam muito mal os Poderes Executivos da União, dos Estados e dos municípios
Harry Conrado Schüler
Guarapari – ES
É inegável que a Justiça comum de primeira instância no País todo é excessivamente lenta e danosa à sociedade. A isto se deve acrescentar a existência cada vez maior de juízes corruptos; de juízes que advogam e alguns que vivem da intermediação de liminares e de antecipações de tutela. Tudo isso sem falar na baixíssima produção, pois há juízes que não dão nem cinco sentenças por mês: além de se ausentarem de suas Varas diariamente. Ainda bem que temos uma camada expressiva de juízes corretos e cientes de seus deveres; que lutam pela reforma e controle do Judiciário. Só assim os cardeais de toga não terão no futuro “colegas” sentados ao seu lado que anteriormente foram venais. Por isso, ser contra o controle do Judiciário é ocultar a realidade; é permitir o avanço da sua desmoralização e sua descrença total; o que nos conduzirá ao título inédito: campeão mundial no tema corrupção. Data vênia, eminente ministro, “despautério” é ignorar tudo que se passa ao seu lado, onde não há um fórum de qualquer capital do Brasil que não esteja marcado pela existência de atos de prevaricação, suborno, etc. Falta é pulso dos presidentes dos Tribunais de Justiça que recebem as denúncias e se calam na sua grande maioria. Ignorar é bem pior do que alterar a verdade.
José Alfredo Ferreira de Andrade
Manaus – AM
O advogado Sérgio Renault, que está à frente da Secretaria da
Reforma do Judiciário, com toda a sua diplomacia, vai ter que enfrentar uma barra muito pesada, que são os interesses corporativos do Judiciário, que têm sido magistralmente defendidos pelo presidente do STF, Maurício Corrêa. Férias diferenciadas dos demais trabalhadores brasileiros, aposentadoria integral e outras vantagens fazem dos
nossos magistrados uma classe acima de todas as outras aqui no
Brasil. Homens que se dizem acima de qualquer suspeita, intocáveis, facilmente melindráveis, reclamam muito do acúmulo de processos e
do funcionamento da máquina do Judiciário, mas são contra qualquer
tipo de reforma que mexa no status quo da instituição.
Wilson Gordon Parker
Nova Friburgo – RJ
Sobre a materia “Toga de tacape” (ISTOÉ 1775) a briga entre o
Judiciário via STF e o governo petista mais do que estranheza deve
ser comemorada, pois é sabido que o STF, apesar de ser um poder autônomo, como apregoa a nossa Carta Magna, atua mais como um poder ratificador das decisões do Executivo. Portanto, em uma ruptura entre os dois poderes quem sairá ganhando é a sociedade, que terá mais isenção nas decisões do STF que envolverem interesses do Estado.
Lander das Dores Silva
Belo Horizonte – MG
Propinoduto
A reportagem “O fabuloso Catão” (ISTOÉ 1778) serve para sentir que a mídia mostra, com mais frequência, assuntos que falam de corrupção e desonestidade, antes acobertados ou esquecidos. Deve-se à transparência do governo federal, diferente do anterior, que deveria ser mais apoiado pelos poderes Legislativo e Judiciário. O Judiciário deveria apurar, com mais rigor e rapidez, casos de desonestidade, já que está havendo mais transparência e o povo está tomando conhecimento desses assuntos através de revistas e jornais.
Jesus Moraes Rêgo
Brasília – DF
Fibromialgia
A dor e os pontos dolorosos indicados na reportagem já estão presentes no meu corpo há alguns anos. Como na reportagem, já fui a vários médicos e até hoje não obtive a tão esperada solução: a cura. Chego a pensar que as pessoas duvidam da dor que sinto, mas tenho fé em Deus e acredito que a medicina irá dar maior importância à fibromialgia e com certeza ela terá cura. Parabéns, ISTOÉ! Não deixe a população sem informação. Tudo que estava escrito na reportagem espelha muito bem o que eu e “poucas pessoas” sentem. “Dói tudo, doutor!” (ISTOÉ 1778).
Ninon Rose de M. E. Paula
Belo Horizonte – MG
Gueto
A propósito da reportagem “O gueto palestino” (ISTOÉ 1778), cabe ressaltar que o governo do Estado de Israel tem a obrigação de zelar pela segurança de seus cidadãos, constantemente atacados por terroristas vindos da Palestina. O governo da Palestina, por sua vez, nada faz para evitar esses ataques. Afinal, alguém sabe de pelo menos um único ataque terrorista que tenha sido evitado pela ANP? Naquela região não existe, como na América, grandes obstáculos físicos que dividam os países, como rios muito largos e profundos. Assim sendo, o muro deve dificultar a violência, ao mesmo tempo que delimita e até reconhece de fato as fronteiras do Estado Palestino. Entre países amigos, como EUA e México, foi criada uma divisão física. Por que entre dois Estados beligerantes deveriam as fronteiras ser abertas?
Breno A. Soibelman
Porto Alegre – RS
Os judeus nunca foram uma ameaça aos civis europeus ou alemães, nunca fizeram atentados terroristas, nunca se explodiram visando matar civis. Os palestinos, por sua vez, querem liberdade não para ir e vir, mas para poder executar ataques suicidas e homicidas cada vez mais brutais, financiados por países árabes, que visam a destruição de Israel. O incrível é que os EUA também fizeram uma cerca na fronteira com o México e ninguém se manifestou.
Claudia Buch
São Paulo – SP
Biologia
Tenho aprendido ao longo da minha vida princípios de proteção à natureza e tudo o que nela há para o meu próprio benefício e de toda a humanidade. Por isso, não posso aceitar que os Estados Unidos estejam procurando uma forma de interferir nas leis de outros países “permitindo” a extinção, captura ou importação de suas espécies ameaçadas preservando, porém, as deles. Nem as nossas nem as deles! Além das já inúmeras ingerências e abusos de parte daquela nação no mundo de hoje, teremos que aguentar mais essa? “Ameaça” (ISTOÉ 1778).
Marcos da Silva Oliveira
Assunção – Paraguai
Casa própria
Leitor assíduo desta conceituada revista semanal, deparei-me na
edição 1777 com a chamativa reportagem intitulada “Mordomia
federal”, tendo como subtítulo “Ministério Público Militar cassa
auxílio-moradia de membros do seu alto escalão”, da lavra da
jornalista Eliane Lobato. A matéria sugere que diversos membros
da instituição, entre eles o signatário, estariam auferindo, de forma indevida, auxílio-moradia pago à custa do erário público. Afirma, ainda, a reportagem, abaixo de uma fotografia do ex-procurador-geral da República, dr. Geraldo Brindeiro, o seguinte: “Portaria de Brindeiro:
quem não tem despesas com moradia não deve cobrar do governo uma conta que não paga.” Na verdade, a reportagem em questão não contém a inteira verdade dos fatos, iniciando por essa última afirmativa a respeito da “Portaria de Brindeiro”. Tal portaria permitia que membros de todo o Ministério Público da União, e não só do Ministério Público Militar, que fossem promovidos com remoção de seus Estados de origem para Brasília, teriam direito a auxílio-moradia, se não fossem proprietários de imóveis aqui na capital da República. Essa era a principal condição para obter o benefício em casos como o do signatário. No caso deste signatário, foi o próprio quem informou à chefia da instituição sobre a sua situação em relação ao imóvel em Brasília, tendo o assunto sido dirimido há mais de um ano, isto é, ainda em 2002, quando, após um procedimento administrativo de caráter eminentemente técnico-jurídico, não foi acolhido o recurso por mim interposto, razão pela qual deixei de perceber o auxílio-moradia em tela.
Alexandre Concesi
Subprocurador-geral da Justiça Militar
Ministério Público da União
Brasília – DF