05/11/2003 - 10:00
Por questões que apenas a indústria do disco pode responder, só agora Adyel chega ao seu primeiro disco, mesmo tendo colecionado críticas ultrafavoráveis à sua voz de veludo, elogiada até pelo cantor e instrumentista americano de jazz Billy Eckstine. Nos palcos desde o início dos anos 1990 – quando estrelou o cultuado espetáculo Emoções baratas –, a carioca “criada entre o Brasil, a África e a Europa”, não poderia ter imaginado melhor nome para seu CD. Com um repertório essencialmente brasileiro, Adyel imprime delicadeza e requinte à bossa Nós e o mar, marcação personalizada ao samba Mancada, balanço ao samba-jazz Tá legal e romantismo a Parabéns, da autoria dela e do guitarrista Renato Consorte, filho do ator de mesmo nome. São interpretações elegantes, originais, que marcam com muito estilo a estréia da cantora.