08/01/2003 - 10:00
Com referência à matéria sobre Sergipe “Mal de saúde” Retrospectiva 2002 (ISTOÉ 1734), temos a esclarecer o seguinte: 1) No que concerne ao endividamento com o governo federal, basta transcrever trecho do relatório da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda que trata da dívida do governo de Sergipe: “O saldo da dívida financeira, em 31/12/2001, situou-se em R$ 1.147 milhões. Por sua vez, a RLR expressa em dezembro de 2001 foi de R$ 1.389 milhões, resultando em uma relação Dívida Financeira/RLR de 0,83, quociente inferior ao verificado em 2000, que foi de 0,88. Em comparação com o estoque da dívida em 31/12/2000, R$ 1.051 milhões, houve redução real de 1,10%.” 2) Ao contrário do que foi publicado, os gastos do governo estadual com a saúde cresceram significativamente nos últimos quatro anos. De fato, em 2002 o Estado aplicou R$ 114,9 milhões contra R$ 68,6 milhões em 1999, o que confere um crescimento real no período equivalente a 20,7%. Se relacionarmos esses valores com a receita corrente líquida, verifica-se que em 1999 gastou-se 6,72% da RCL, e em 2002, 8,09%. Ressalte-se que esses valores não contemplam os investimentos em saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, construção de sanitários, etc.) que totalizaram cerca de R$ 213 milhões nos últimos quatro anos que, somados às demais despesas realizadas com a saúde, totalizam aproximadamente R$ 550 milhões, o que representa 12,3% da receita corrente líquida do quatriênio em foco. Sem receio de errar, afirmamos que poucos Estados investiram tanto na saúde quanto o Estado de Sergipe. Não é sem razão que baixamos em 60% a mortalidade infantil, ampliamos a expectativa de vida de 63 para 67 anos e apresentamos os melhores índices de desenvolvimento humano (IDH) e desenvolvimento infantil (IDI) do Nordeste.
Albano Franco
Ex-governador do Estado
Aracaju – SE
Gostaria de ver reconhecido o empenho do governador Marconi Perillo, que muito tem investido na qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas estaduais, e do reitor da Universidade Estadual de Goiás, professor José Izecias de Oliveira que têm buscado, com um trabalho incansável em conjunto com toda a comunidade universitária, enfrentando todas as adversidades comuns às universidades brasileiras, a consolidação da UEG, direcionando-a à consecução da excelência do ensino superior em nosso Estado.
Marcilia Helena Romano Campos
Goiânia — GO
Prêmio Esso
Parabenizo ISTOÉ pelo prêmio Esso de Criação Gráfica 2002.
Aliás, a capa “Retrospectiva 2002” em poucas imagens sintetiza
as principais notícias do ano. De Ronaldinho pentacampeão às
eleições de um operário, o belíssimo filme Cidade de Deus e até o polêmico Bush com o Saddam Hussein, e porque não; a nossa todapoderosa Gisele Bündchen excluiria sem problemas o tal do Fernandinho Beira-Mar. “Arte tricampeã” (ISTOÉ 1734).
Isaac Soares de Lima
Maceió – AL
Paulo Sérgio Pinheiro
Encerrar o ano com a entrevista do secretário nacional de direitos humanos traz alento e esperança. Excelente oportunidade para que o próximo governo reflita sobre o que vai encontrar em gramática bastante ampliada, com regras ainda pouco conhecidas. Fui vítima de flagrante desrespeito a direitos individuais, servindo o governo de meu país, por agentes do Estado que praticaram e, por certo, continuam praticando delitos sem que nada lhes aconteça e ninguém os puna. Fiz todas as denúncias, inclusive ao próprio secretário, a ministros de Estado e só mesmo os organismos internacionais ficaram indignados com a evidência do que ocorria e o silêncio do governo brasileiro. Fico na expectativa de que o próximo presidente cumpra, realmente, com o prometido: impunidade zero, seja quem for. “Temos que avançar” (ISTOÉ 1734).
José Antonio Carlos D. Chagas
Rio Claro – SP
Embora excelente, quanto a direitos humanos, surpreenderam-me algumas afirmações do dr. Paulo Sérgio Pinheiro. “Por exemplo:
cidadão não pode ter arma e ponto final. Não tem papo.” Lembrando o saudoso Garrincha: Os bandidos foram consultados? “Por exemplo: o Estado que permitiu tortura e morte não tem grana. O governador que permite que sua polícia torture e mate não terá recursos.” Sou visceralmente contrário à prática de tortura, assassinato e pena de morte, mas isso nada tem a ver com disponibilidades financeiras das unidades federativas, que são regidas por legislação específica.
Ou será que o dr. Paulo se julga acima da lei?
Samuel Selvero do Rego
Porto Alegre – RS
A entrevista do sr. Paulo Sérgio Pinheiro demonstra, inexoravelmente, que as pessoas que cuidam da questão dos direitos humanos estão cada vez mais distantes da realidade, sobretudo quando se referem, genericamente, às normas editadas (substantivas e adjetivas) como sendo óbice para extirpar a violência no Brasil, em vez de se reportarem, especificamente, à ausência de políticas públicas, em que pese o Brasil ser signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A verdade, insofismável, é que o advogado é o defensor nato dos direitos humanos e, para tanto, a sua atuação fica adstrita, de forma inequívoca, às leis vigentes no País. Convém salientar que nossas leis foram elaboradas por pessoas de notável saber jurídico, estabelecendo regras e procedimentos de conduta na nossa sociedade. Daí, ao contrário do veiculado, nossa legislação pune com rigor os crimes contra a vida, reservando o nosso Código Penal um capítulo especial e como se não bastasse ainda foi recepcionado no rol dos crimes hediondos. Assim como não é com
o fato de se transferir deste para aquele tribunal a competência
para julgar certos casos isolados que estar-se-á eliminando a impunidade, principalmente porque os nossos tribunais ao longo
de sua história têm cumprido fielmente o seu papel. Por isso, inferir
que a “impunidade era garantida” não faz justiça aos integrantes dos tribunais militares, pois o que se persegue sempre é a Justiça. Além
do mais, deixa transparecer uma visão estereotipada do social em
relação à violência (causas e consequências), ao fazer menção
à truculência policial, eis que, a exemplo dos detentos e reclusos,
são vítimas dela, e não causadores, conforme explicitou. A complexidade da temática e o seu entendimento passam pela formação humanística
de cada cidadão. Portanto, não é apenas uma questão de comprometimento mas, principia com uma política educacional.
Cicinio Lemos Velloso
Brasília – DF
Henrique Meirelles
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, quando oposição, era contra a CPMF, contra a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda, contra a permanência do atual presidente do BC Armínio Fraga, porque o mesmo era do PSDB, e agora surpreende a todos com a nomeação de um tucano. Está de parabéns a senadora Heloísa Helena (PT-AL), ela sim está coerente com o que prega. Pode até se omitir, mas, tenho certeza, jamais votará a favor. “Tititi no PT” (ISTOÉ 1733).
Olavo Sobreira
Rio de Janeiro – RJ
Saúde
Referente à reportagem publicada na revista ISTOÉ que mostra escolas que tornam as aulas de educação física mais divertidas, a educação física se caracteriza no currículo escolar como uma disciplina que lida com o corpo, mais especificamente com o movimentar-se humano, e os seus propósitos devem estar subordinados ao projeto político pedagógico da instituição escolar. Entendo que à educação física escolar cabe tratar da cultura corporal do movimento em sua maior amplitude. A dança, os esportes, os jogos, as lutas devem ocupar espaços nos programas de educação física com a função de contribuir com a formação da personalidade da cidadania e das potencialidades do indivíduo. O conceito de saúde vem sendo reformulado, o que faz com não seja
mais entendido como sinônimo de integridade biológica ou bem-estar funcional do corpo. Esse novo entendimento faz com que a saúde passe a ser considerada um tema transversal no currículo escolar e não o
foco central. O objetivo da educação física na escola, em conjunto com as demais atividades e disciplinas curriculares, é o de fornecer instrumentos necessários para a melhora da qualidade de vida das
novas gerações, o que obviamente se distingue do conceito limitado
da promoção de saúde. “Dá-lhe criançada!” (ISTOÉ 1732).
Bianca Bissoli Lucas
Vitória – ES
Michael Jackson
É muito triste ver a imagem do grande astro do rock americano Michael Jackson desgastada pela vaidade sem limites. É um verdadeiro “Trilher”, mas agora transportado para a vida real. “Triste show” (ISTOÉ 1730).
Antonio Augusto João
São Paulo – SP
Lavanderia
A reportagem de capa da revista ISTOÉ para nós, paraibanos, veio mostrar a outra face de um dos grupos políticos mais importantes do Estado: o Cunha Lima. A figura do senador Ronaldo Cunha Lima, manchada apenas pelo atentado ao então governador Tarcisio Burity, permanecia acima de qualquer suspeita. A matéria veio nos abrir os olhos e, mais uma vez, provar que políticos honestos são uma espécie em extinção. “Lavanderia Nordeste” (ISTOÉ 1730).
Gledson do Nascimento Bezerra
Boa Vista – RR
CIA
A revista ISTOÉ merece o reconhecimento de todo brasileiro pelo esforço contínuo e a seriedade com que busca trazer ao conhecimento da sociedade informações que a auxiliem na formulação de opinião sobre os mais diversos assuntos. No entanto, a matéria “A CIA continua no Brasil”, edição 1729, onde textualmente meu nome é citado sob o subtítulo “Propinas verdes”, não condiz com a verdade dos fatos e, acima de tudo, causa estranheza e consternação ao insinuar a percepção de ganho ilegal e indevido por mim, funcionário do Departamento de Polícia Federal há 15 anos. Como agente de Polícia Federal meu salário, à época (1997), era de cerca de R$ 4.500 (ou cerca de US$ 4.500 !!), logo, por mais ridícula que seja tal declaração, não seriam US$ 600 que “me permitiriam viver com dignidade”. Outro aspecto a merecer ressalva é aquele que denotaria severa ingratidão ao ser afirmado que o DPF não me proporcionou “cursos”, ou pior, não me deu “nada”, uma vez que tudo o que tenho, patrimonialmente falando, decorreu do salário percebido do órgão. Ademais, nunca fiz qualquer “pronunciamento” sobre o assunto veiculado na matéria jornalística, seja oficialmente, seja extra-oficialmente, não passando tais declarações a mim atribuídas de mero produto de mente atribulada, ou tímida, “solta entre estranhos”, que jamais poderia enfrentar qualquer tipo de situação estressante.
Mauricio de Souza Pinheiro
Brasília – DF
ISTOÉ responde: A revista esclarece que as frases atribuídas ao agente foram feitas pelos delegados José Roberto Benedito Pereira e Luis Carlos Zubcov. A mencionada acusação de receber cursos e recursos dos americanos constam de documento oficial e assinado pelos dois delegados e que integraram a sindicância interna da Polícia Federal.
Correção
1) Ao contrário do afirmado na matéria “Dias melhores virão”
(ISTOÉ 1735), as políticas referentes à distribuição e exibição cinematográficas não são atribuição do Ministério da Cultura, mas
da Agência Nacional do Cinema, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 2) A Editora Brasiliense passa por um processo de recuperação e não está extinta, como
foi publicado na reportagem “Bola na rede” (ISTOÉ 1732).