13/02/2002 - 10:00
Teatro
Alias
Estréia na quinta-feira 14, às 21h, no canal pago AXN – Jennifer Garner, atriz americana de 29 anos que atuou em Pearl Harbor, é o melhor, mas não o único motivo para se assistir à série Alias. Está certo que a trama não é assim tão original, já que remete ao filme Nikita, do francês Luc Besson, e a outra série televisiva, Dark angel, criada por James Cameron. Mas as coincidências são desculpadas graças aos bons achados narrativos e às situações de romance muito bem dosadas com ação. Jennifer interpreta Sidney Bristow, estudante que atua como agente de um tipo de braço clandestino da CIA. Sua vida dupla, porém, provoca inúmeros problemas, principalmente no campo afetivo. A relação complicada com o namorado, por exemplo, é um dos pontos altos do primeiro episódio. Embora Jennifer mostre desenvoltura de sobra nas cenas de pancadaria e violência, ela impressiona mesmo é nos momentos dramáticos. (Celso Fonseca)
Assista com atenção
CD
Áfrico – quando o Brasil resolveu cantar
Com Sergio Santos (Biscoito Fino) – Respeitado no meio musical, o cantor e compositor mineiro já teve suas composições gravadas por Milton Nascimento, Fátima Guedes e Leila Pinheiro. Neste seu terceiro trabalho solo – sequência de Aboio e Mulato –, Santos refaz tanto a trajetória do negro no Brasil quanto a de ritmos como o jongo, o maracatu, o afoxé e o samba. Fruto da parceria com o letrista Paulo César Pinheiro, o álbum ainda conta com as participações especialíssimas de Tutty Moreno, Robertinho Silva e Marco Suzano na percussão, de Nailor Proveta e Teco Cardoso nos sopros, do grupo Uakti e dos vocais de Lenine, Joyce e Olivia Hime. É um trabalho primoroso, que já vem sendo comparado aos afro-sambas compostos por Vinicius de Moraes e Baden Powell nos anos 60. (Luiz Chagas)
Ouça sem parar
Livros
O homem que comeu o 747
Rocco, 212 págs., R$ 24 – A partir de fatos coletados em livros de recordes aparentados com o Guinness, o jornalista, atual produtor executivo da rede televisiva NBC e autor estreante Ben Sherwood inventou uma história de amor de total estranheza. Seu personagem é um fazendeiro de Superior, cidadezinha de Nebraska, no meio dos Estados Unidos, que se dispõe a comer um Boeing para conquistar o amor de uma garota. Sutil como um bom filme de matinê, a história cativa justamente pela óbvia constatação de que amor não se mede. Informação inútil: um Boeing 747 pesa 36 toneladas. (Luiz Chagas)
Leia até o fim
Cinema
O amor é cego
Cartaz nacional na sexta-feira 15 – Hal Larsen (Jack Black) é um gordinho bem resolvido, que só pensa em encontrar uma Gisele Bündchen na vida. Certo dia, tropeça num guru da auto-ajuda que o hipnotiza e o faz enxergar apenas a beleza interior das mulheres. Resultado: apaixona-se pela gordíssima Rosemary, interpretada por Gwyneth Paltrow, que ganhou o corpanzil devido a próteses e maquiagem. Com esta trama simplória, os Irmãos Farrelly – que se deram bem em Quem vai ficar com Mary? – assinam uma comédia tola, de tons grosseiros, mas que rende algumas risadas vindas especialmente do divertido Jack Black, hoje um forte candidato a tomar o posto do falecido John Belushi. O problema do filme é com os Farrelly. Em suas gracinhas adolescentes, eles acabam endossando os mesmos preconceitos que tentam apontar. (Ivan Claudio)
Vá se tiver tempo