Entre as medidas de emergência baixadas por
FHC para conter o crime organizado estão os seguintes pontos:

• Advogados terão de passar por detector de metais quando entrarem nas penitenciárias.
Tenta-se assim evitar que ingressem com celulares
e que esses parelhos acabem nas mãos dos presos.
Nada que arranhe tão profundamente as
prerrogativas profissionais.

• Presos poderão ser transferidos de penitenciárias de forma sigilosa. Isso é grave. É o que acontecia nos tempos em que FHC passou pelo DOI-Codi na ditadura militar. Abre-se caminho para que se torture um preso num determinado lugar e suma-se com ele.

• FHC esqueceu de incluir um ponto importante. O agente penitenciário que for apanhado levando celular para dentro da cadeia, apesar de ser funcionário público, deveria ser sumariamente exonerado. Atualmente abre-se um processo administrativo que vai se arrastando. Outro ponto: presos em liberdade condicional vão muitas vezes trabalhar dentro de penitenciárias. Não se trata de impedir que esses cidadãos trabalhem. Mas um ex-preso ser designado para trabalhar numa cadeia, e isso é muito comum, não faz bem nem para ele nem para quem ainda cumpre pena. São muitas as tentações.