09/11/2005 - 10:00
Efeito cinderela
As mulheres mais belas são aquelas com mais hormônio feminino, o que se traduz em traços delicados, olhos e lábios grandes, nariz e maxilar menores. Por razões evolutivas, os homens se sentem atraídos pelas parceiras mais férteis, que têm alto nível de estrogênio, um dos hormônios que controlam a ovulação. Para chegar a essa conclusão, psicólogos da universidade britânica de St. Andrews fotografaram os rostos e analisaram os hormônios de 59 mulheres entre 18 e 25 anos e pediram a 30 voluntários (homens e mulheres) que escolhessem as mais atraentes. A surpresa do estudo foi o efeito da maquiagem, que enganou a todos. Ao melhorar a aparência e disfarçar as imperfeições, a cosmética serve como estratégia para enganar o sistema visual masculino. Com um bom cabeleireiro, qualquer uma pode virar beldade.
Magrela esperta
Os japoneses da Shirouma Science inventaram um triciclo para quem quer pedalar sem se molhar. Com farol, pára-brisa, porta e assistente de direção movidos a energia solar, a engenhoca de 65 quilos custa R$ 15 mil (à esq.). Já a Universidade Federal de Santa Catarina criou um galpão com seis painéis solares que funciona como um grande carregador para a bateria das motos elétricas. O protótipo é a Mobilec, da suíça Fiberware, que roda a 40 km/h e vem com pedais para o caso de a bateria acabar. O curioso é que a energia liberada pela freada também alimenta a bateria.
Pavarotti
Entre os mamíferos, até então só se sabia que morcegos e baleias podiam cantar. Agora, um estudo americano mostrou
que os camundongos também são bons de gogó. Cada um
dos 45 roedores pesquisados emitiu sua própria melodia ultra-sônica. Se fosse reduzido a quatro oitavas, para ser ouvido
pelos humanos, seu canto seria parecido com o dos pássaros. Os machos só soltam a voz quando excitados com o cheiro
das fêmeas. Ainda não se sabe se a cantilena ajuda no
processo de sedução.
Guerra dos sexos
Acertou quem imaginava que nascem mais meninas do que meninos. O motivo, segundo estudo do Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas, em São Paulo, é que a poluição interfere no sexo dos bebês. A pesquisa feita entre 2001 e 2003 pelo urologista Jorge Hallak comprovou que há menos garotos nos berçários de regiões poluídas. O mesmo resultado ocorreu nos testes com ratos.
Hora de contabilizar os lucros
Notícias sobre florestas costumam focar a contabilidade do prejuízo: é a taxa de desmatamento ou a fumaça dos incêndios. Recentemente, a tendência se agravou, com a seca que atingiu níveis de calamidade. O círculo vicioso de conversão de florestas e prejuízos resultantes parecem irreversíveis, a não ser que comecemos a focar a contabilidade do lucro. A variedade e a qualidade de nossos produtos de base florestal, aliadas a investimentos em tecnologia, constituem uma vantagem competitiva imbatível. Madeiras e derivados, óleos, fibras, mel, palmitos, castanhas, frutas, artesanato, carnes e pescados, turismo, bioprospecção, carbono e outros produtos e serviços são oferecidos por Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e Caatinga.
Mas o país das florestas não tinha até agora sequer uma feira da economia florestal. Daí nasceu a idéia do Mercado Floresta, realizado na Oca do Ibirapuera, em São Paulo, entre 5 e 8 de novembro. Pequenas comunidades e grandes empresas vão conviver lado a lado, mostrando a realidade de renda e emprego de nossas florestas. Compradores ou investidores brasileiros e de muitos outros países vêm procurar fornecedores ou novas oportunidades de investimento. Desta forma, quem sabe, contabilizar os lucros possa ajudar a frear a destruição de sua fonte.
Roberto Smeraldi,
jornalista, é diretor da Oscip Amigos da Terra – Amazônia Brasileira