Se não fossem elas, as tais Frenéticas, certamente os anos 70 no Brasil seriam bem menos divertidos e não haveria tantos motivos para dançar. Após quase duas décadas de ausência, três das seis Frenéticas originais – Edyr Duqui, Lidia Lagys e Dhu Moraes – ressuscitam o grupo ao lado de três novas “cantrizes”, como elas denominam os ecléticos reforços de Claudia Borioni, Patricia Boechat e Gabriela. Para sorte dos antigos fãs, o grupo se renovou, mas não perdeu a marca original. Em seu álbum de reestréia, Pra salvar a terra, elas mantêm a velha fórmula intacta de letras maliciosas, humor escrachado e arranjos sem grandes invenções, porém eficazes.

Para marcar o evento As Frenéticas, o retorno, elas se esforçaram em apresentar um material novo e moderninho, assinado por compositores como Gabriel O Pensador, Zeca Baleiro e Pedro Luís. As novidades são até engraçadinhas, mas ficam ofuscadas pelas regravações dos antigos sucessos em arranjos muito perto dos originais, que até hoje são trilha de festas descoladas. É ótimo ouvir novamente, por exemplo, as fatais Perigosa,

A felicidade bate à sua porta

e

Dancin’ days

. Portanto, dance bem, dance mal, dance sem parar, dance até sem saber dançar.