22/10/2003 - 10:00
O Instituto do Coração (Incor) de São Paulo está comemorando os dez anos da criação do primeiro coração artificial da América Latina. A festa não poderia ser melhor no campo da ciência: o Incor acaba de desenvolver uma versão desse coração artificial para bebês e crianças. Também nesse caso leva o mérito do pioneirismo na América do Sul. O coração artificial mirim é fixado no lado externo do corpo e ligado ao coração natural através de tubos plásticos. Com a ajuda de ar comprimido, esse “órgão de brinquedo” que salva a vida de crianças com problemas cardíacos passa a bombear o sangue – para os adultos a capacidade é de 65 ml por batimento, contra 15 ml e 30 ml para bebês e crianças. ISTOÉ conversou com o médico Adolfo Leirner, diretor do Centro de Tecnologia Biomédica do Incor. ISTOÉ – Para quem é voltado o coração artificial? Leirner – A máquina é uma ponte para o transplante. Serve para manter o paciente vivo e melhorar suas condições físicas até receber um novo coração.