15/10/2003 - 10:00
São apenas quatro grandes pinturas sobre papel. Ou desenhos sobre papel, como o artista paulista prefere definir sua nova safra produzida com tinta a óleo e carvão. Na pequena mostra montada no espaço de dimensões tais quais o nome da galeria, Paulo Pasta extrapola os limites predefinidos do quadro, “borrando” suas composições geométricas de cores foscas. Ora ele interfere no cinza com uma sutilíssima listra azul e quase imperceptíveis listras marrons, ora brinca com o lilás perpassado por listras azuis. Surpreendente, também faz brotar do vermelho-terra outras listras que praticamente se mesclam à cor principal, para, então, compor um discretíssimo tom sobre tom a ser admirado de várias distâncias.