08/10/2003 - 10:00
O adeus do grande dançarino |
O ator Donald O’Connor morreu aos 78 anos de insuficiência cardíaca em sua casa na Califórnia no sábado 27. Foi parceiro de Gene Kelly e Debbie Reynolds no imortal Cantando na chuva, um dos melhores musicais produzidos por Hollywood. A cena em que dança com Gene Kelly a música Make em laugh o imortalizou como grande dançarino. Após a filmagem da longa cena em que saltava, caía e atravessava uma parede, O’Connor desmaiou e foi hospitalizado. Por causa de um problema na gravação, a cena teve de ser repetida. E novamente o grande ator teve de ser hospitalizado. |
Morreu Kazan, gênio e delator
Um diretor brilhante mas rodeado de inimigos. Assim era Elia Kazan, cineasta que marcou a sua carreira com filmes consagrados como Sindicato de ladrões e Uma rua chamada pecado, mas também por ter delatado ao governo americano no período macarthista os companheiros de palco e de tela que haviam pertencido ao Partido Comunista nos EUA. Detalhe: ele também foi filiado. Nascido na Turquia, Kazan mudou-se para a América quando ainda era criança. Ganhou quatro Oscar e fundou a Actor´s Studio, escola de teatro reconhecida mundialmente. Elia Kazan morreu em Nova York no domingo 28, de causa não revelada. Estava com 94 anos.
A eutanásia e o anestesista
A França assistiu perplexa há duas semanas ao caso do jovem Vincent Humbert, 23 anos, paralítico, cego e mudo, que recebeu gotas de barbitúricos em seu soro. Quem as colocou foi a sua própria mãe afirmando que o filho demonstrara através de sinais a sua vontade de morrer. Vincent entrou em coma e faleceu. Agora, na quarta-feira 1o, veio a surpresa: a responsabilidade pela morte do rapaz não foi da mãe, mas sim do anestesista Frédéric Chaussoy. “Fui eu”, disse ele. “Desliguei os aparelhos porque a dose de barbitúrico não foi suficiente.” Na França a eutanásia não é permitida.
Do Nobel ao IgNobel
O escritor sul-africano John Maxwell Coetzee foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2003, anunciado na quinta-feira 2. Para a Academia Sueca, Coetzee jamais repete a mesma receita em seus livros, contribuindo para a variedade da obra. É autor de Cenas de uma vida e No coração do país. A cerimônia será no dia 10 de dezembro.
• Na quinta-feira 2 foram anunciados os vencedores do prêmio IgNobel, concedido às pesquisas científicas mais absurdas. O de engenharia ficou com o falecido Edward Murphy pela lei de Murphy: “se há duas maneiras de se fazer algo e uma delas resultar em catástrofe, alguém a fará”. Karl Schwarzler levou o de economia por “como alugar o principado de Liechtenstein para convenções e casamentos”.
Morreram
o pianista Moacyr Peixoto, irmão do cantor Cauby Peixoto. Ele ficou conhecido por criar harmonias misturando samba e jazz. Em São Paulo, de câncer, aos 83 anos. Na quarta-feira 1º.
• A tenista Althea Gibson, a primeira negra a vencer o Torneio de Wimbledom, em 1957. Repetiu o feito no ano seguinte, ganhando
também o Aberto da França. Nos EUA, de causa não revelada,
aos 76 anos. No domingo 28.
Presos
sete agentes penitenciários e o major da Polícia Militar do Rio de
Janeiro Luiz Gustavo Matias Silva. Eles estariam envolvidos na morte
do chinês naturalizado brasileiro Cham Kim Chang, ocorrida há um mês. Chang foi torturado e morto no presídio Ary Franco. No Rio de Janeiro,
na quarta-feira 1º.
Condenado
o empresário Carlos Guilherme Lima Silva a pagar uma pensão vitalícia de R$ 7 mil e uma indenização de R$ 500 mil ao iatista Lars Grael. Em 1998 Silva dirigia uma lacha alcoolizado quando atropelou o barco de Grael, que teve a perna decepada. Na sexta-feira 3.
Indiciado
por pedofilia o ex-corredor e vice-campeão mundial dos 800 m rasos, Zequinha Barbosa. A acusação partiu da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Fotos de menores nuas teriam sido achadas em poder do ex-atleta.