04/05/2005 - 10:00
Paparazzo O telescópio Hubble, o mais famoso fotógrafo das estrelas, completa 15 anos na órbita da Terra com um saldo de 750 mil imagens do Universo. Para celebrar a data, foram divulgados dois novos cliques de formações estelares conhecidas, uma delas a Nebulosa Águia. São as mais recentes e nítidas imagens feitas pelo Hubble com sua câmera nova. Alguns registros do telescópio entraram para a história, como a confirmação dos imensos buracos negros e o cálculo da idade do Universo, perto de 13,7 bilhões de anos.
Originalidade A fabricante nacional de patinetes e veículos elétricos Brudden (www.brudden.com.br) acaba de lançar uma cadeira de rodas eletrônica pilotada por joystick. O acessório, igual ao usado em videogames, controla a velocidade e ajuda a fazer manobras. A cadeira movida a bateria de 12 volts tem autonomia para rodar 35 quilômetros, ou quatro horas seguidas, e custa R$ 6 mil.
Mácula O vazamento de 100 mil litros de óleo diesel provocado por um acidente de trem na cidade fluminense de Itaboraí virou um grande desastre ecológico. A mancha atingiu uma região de manguezais e chegou à Baía de Guanabara, onde a captura de caranguejos foi suspensa. As barreiras para conter o vazamento, feitas pela Ferrovia Centro-Atlântica, se romperam e a chuva ajudou a espalhar o óleo. A multa foi de R$ 5 milhões.
Elvis voltou
Um pica-pau que se pensava extinto reapareceu em uma reserva florestal em Arkansas, nos EUA, 60 anos depois de ser visto pela última vez. O ornitólogo Frank Gill, autor do estudo publicado na revista Science, explica a importância da espetacular aparição do pica-pau mármore, declarado extinto em 1920: “É como descobrir Elvis.” Isso abre perspectiva para achar outras espécies tidas como perdidas.
Adivinho
Começam a surgir tecnologias para “ler” a mente. Usando imagens de ressonância magnética, cientistas da Universidade de Londres analisaram o fluxo sangüíneo na porção do cérebro que lida com as informações enviadas pelos olhos. Assim puderam decifrar o pensamento dos voluntários.
Trabalhando com as florestas
Muitos trabalhadores dependem da floresta para sobreviver. Na Mata Atlântica, há uma corrida constante por recursos naturais. Esses moradores vivem em casas pequenas e insalubres, e seus filhos têm pouca oportunidade de emprego. Se alguém precisa ser incriminado pelas atividades de degradação da floresta, ele está no meio do caminho entre as matas e as cidades, intermediando a destruição.
Podemos, no entanto, celebrar a formação de uma nova categoria de trabalhadores: aqueles que atuam na recuperação e conservação das florestas. Entre muitos exemplos, citamos os agricultores familiares que vivem em Itacaré, sul da
Bahia. O Projeto Floresta Viva iniciou ações para frear a economia de destruição. Atualmente são 35 posseiros do Parque Estadual da Serra do Conduru atuando
em viveiros familiares.
A capacitação para os trabalhos de fiscalização, condução de visitantes e recuperação de áreas degradadas é uma forma inteligente de promover a região. O ideal é ter bons intermediários entre as cidades e o campo, sejam do setor privado, sejam do terceiro setor ou dos governos. Tudo para conservar e recuperar o imenso patrimônio natural do Brasil e do mundo.
Rui Barbosa da Rocha
Diretor-geral do Instituto Floresta Viva