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Criado pelo escritor americano Dan Brown, o personagem Robert Langdon, professor da Universidade de Harvard, conquistou o mundo como protagonista do best-seller O código Da Vinci. Suas pesquisas em torno de dogmas da Igreja Católica ganharam o cinema há três anos e só aumentaram-lhe o carisma. Agora os fãs terão a oportunidade de conhecer também nas telas o passado desse irrequieto professor na sua primeira missão investigativa fora do âmbito acadêmico no filme Anjos e demônios, que estreia na sexta-feira 15. A aguardada nova aventura cinematográfica do personagem foi calorosamente aprovada por Dan Brown, que escreveu o livro em 2000.

Na trama, o ator Tom Hanks interpreta mais uma vez o professor de simbologia Langdon, que terá de desvendar códigos cifrados para salvar o Vaticano de ser destruído por inimigos da Igreja Católica. E isso no dia da eleição do novo papa pelo conselho de cardeais. O filme tem a assinatura de Ron Howard, o mesmo diretor de O código Da Vinci.

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LUZ NAS TREVAS Robert Langdon (Tom Hanks) precisa desvendar segredos ligados à irmandade Illuminati para prevenir a explosão do Vaticano no dia em que o conselho de cardeais elegerá o novo papa.

As novidades do escritor Dan Brown não param por aqui. Em setembro ele lança nos EUA outro aguardado trabalho: a continuação de O código Da Vinci. O livro tem o título provisório de The lost symbol e chega ao País no Natal pela Editora Sextante, com tiragem inicial recorde de 300 mil exemplares. Mais uma vez, a história desse romance é cercada de mistérios, bem ao gosto do seu criador.

Mas ele próprio revelou em entrevista que a trama foi construída ao longo de cinco anos e meio e que se passa no ritmo de um thriller de suspense, num período de 12 horas. E o herói é o já velho conhecido dos fãs, Robert Langdon, descrito pelo narrador como um galã: um homem culto, com "intensos" olhos azuis, um "maxilar forte e o queixo amenizado por uma inesperada covinha". Aliviado com a finalização do seu livro e também com o resultado final das filmagens de Anjos e demônios, Brown prevê dias tranquilos, apesar das polêmicas que sempre causa entre os católicos: "Agora acho que já posso dormir um pouco." E deixar os dígitos se multiplicarem, claro.

Na sua visão, o novo filme é ainda mais instigante: "É uma história mais cinematográfica do que O código Da Vinci, já construída com essa agilidade. O que Ron (Howard, o diretor) fez muito espertamente foi comprimir e acelerar esse ritmo." A trama começa com a descoberta do cadáver de um renomado cientista, vítima de um crime brutal em seu escritório na Organização Europeia para Estudo Nuclear, em Genebra. A vítima e uma colega, Vittoria Vetra (Ayelet Zurer), desenvolviam experimentos altamente secretos com uma substância letal. Langdon, espécie de detetive para assuntos religiosos, é chamado para ajudar na investigação do assassinato e identificar o símbolo deixado no local do crime – a sua origem remontaria a uma antiga irmandade secreta chamada Illuminati.

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Esse é o ponto de partida para uma investigação exaustiva pelo obscurantismo religioso, tema clássico de Brown, que, em sua opinião, nunca esteve tão na pauta do dia. "A ideia de que um indivíduo possa ter conceitos científicos que entrem em conflito com a doutrina religiosa continua muito atual. Nós lemos sobre esse assunto todos os dias nos jornais – a pesquisa com célulastronco é um bom exemplo", diz ele. As divergências com a Igreja desencadeadas por O código Da Vinci impediram que a equipe pudesse filmar no Vaticano ou mesmo em igrejas de Roma. Para driblar o veto, a produção lançou mão de falsos turistas munidos com câmeras diminutas, os quais fizeram mais de 250 mil imagens e filmaram horas de vídeo. Depois esse material foi editado e incorporado ao filme. Um ato de ousadia digno do professor-celebridade Robert Langdon