A boca vulcânica continua a mesma, mas o corpo está ainda mais malhado. Afinal, não só os produtores do filme como todos os fãs fetichistas de Angelina Jolie sabem que é ela o maior atrativo de Lara Croft tomb raider: a origem da vida (Lara Croft tomb raider: the cradle of life, Estados Unidos, 2003), que tem estréia nacional na sexta-feira 15. E como Angelina Jolie se sente à vontade no papel! Afeita ao jeito aventuresco de viver, com um ex-marido – o ator Billy Bob Thornton – chegado na linha bad boy, e tatuagens que a deixam com um pé no underground, a atriz californiana de 28 anos protagoniza pela segunda vez a heroína virtual do game Tomb Raider. E não sem motivo o apelido da ex-modelo, filha de Jon Voight, é Angie Catwoman (Angie Mulher Gato). Melhor alcunha impossível, pois ela passa mais da metade da história pendurada em colunas, edifícios, escarpas ou pilotando jet skis e motos, isso quando não está neutralizando algum vilão com fatais golpes de luta oriental. Está certo que grande parte das ações foi feita com dublês, mas mesmo assim a atriz de lábios carnudos convence no papel da garota inteligente, ágil e disposta a cumprir sua missão impossível.

Desta vez ela tem que impedir o premiado cientista Jonathan Reiss (Ciarán Hinds) de colocar as mãos na mitológica caixa de Pandora, que esconde poderes inimagináveis, e assim dominar o mundo. Ou seja, floreiam-se os meios para se chegar a idêntico fim planejado por todo vilão que se preze. Para garantir um toque extra de sensualidade à maneira do agente britânico 007, Lara Croft garante seu croftboy. Ele é Terry Sheridan, interpretado pelo bonitão Gerard Butler. Mas, como toda bondgirl, Sheridan esconde sedução e perigo. Descubra se for incapaz de resistir ao apelo das formas de Angelina Jolie, num filme, como sempre, recheado de ação explosiva, teorias mirabolantes e efeitos hollywoodianos feitos para esconder uma história bobinha, porém cheia de adrenalina.