13/08/2003 - 10:00
Violões em funeral |
Um dos maiores virtuoses brasileiros do violão morreu de infarto em São Paulo no sábado 2, aos 72 anos – o mestre Paulinho Nogueira. Ele começou a tocar violão aos dez anos. O talento era enorme, mas o sucesso só veio quando Paulinho estava com 35 anos. Dessa época são as gravações de Menino, desce daí, Bachianinha e Menina. Paulinho foi presença constante no programa O fino da bossa na década de 60. E nada mais justo. Na opinião de Tom Jobim, ele foi o grande precursor desse gênero musical. Paulinho inventou a craviola, um violão de 12 cordas cujo som lembra o do cravo. Lembrando os versos que homenagearam postumamente Noel Rosa, pode-se dizer que também por Paulinho Nogueira há violões em funeral: “choram bordões, choram primas/soluçam todas as rimas/numa saudade imortal”. |
Homenagem
O sanitarista Sérgio Arouca morreu de
câncer no sábado 2, aos 62 anos. Ele presidiu
a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de 1985
a 1989 e foi deputado federal e secretário de
Saúde do Rio de Janeiro. O médico foi também
candidato a vice-presidente na chapa de
Roberto Freire pelo então PCB nas eleições
de 1989. Assumiu em janeiro a Secretaria de
Gestão Participativa do Ministério da Saúde.
Morreu
o filho do fundador do grupo Hyundai, Chung Mong-hun. Ele saltou do décimo segundo andar na sede da empresa.
Em Seul, aos 55 anos. Na segunda-feira 4.
Condenado
o ator Omar Sharif, 71 anos, por agredir e insultar um policial num cassino. Em Paris, na quinta-feira 7.
Internada
no Hospital Moinhos de Vento a viúva do escritor Érico Verissimo, Mafalda, 90 anos. Ela está com infecção respiratória. Em Porto
Alegre, no domingo 3.
Crime no tênis
O tenista francês Maxime Faviau participava de um torneio regional em seu país. Numa partida decisiva, seu adversário Alexandre Lagardère abandonou o jogo alegando cansaço. A vitória foi dada a Maxime. Quando dirigia o seu carro, indo para casa, Lagardère sofreu um acidente e morreu. A polícia descobriu que ele havia ingerido uma dose cavalar de calmante. Na terça-feira 5, Christophe Faviau, pai de Maxime, foi preso. Testemunhas afirmam que antes do jogo ele manuseou a garrafa de água de Lagardère. Teria dissolvido tranquilizantes nela.
Terror em Bangu
Abel Silvério de Aguiar, 43 anos, diretor do presídio de segurança
máxima Bangu 3, foi assassinado com 17 tiros na quarta-feira 6.
Aguiar teve o mesmo destino do coordenador dessa penitenciária,
Paulo Roberto Rocha, morto 13 dias antes. Ambos foram assassinados
na avenida Brasil, uma das mais movimentadas do Rio de Janeiro. No mesmo presídio que era comandado por Abel, o traficante Marcinho
VP foi encontrado morto há duas semanas.