Enquanto o prefeito de São Paulo, José Serra, tentava fazer com que os deputados do seu partido, o PSDB, votassem no petista Luiz Eduardo Greenhalgh para presidente da Câmara, o governador Geraldo Alckmin dava toda a corda na bancada para votar contra o PT. Alckmin tem dito a auxiliares que não teme retaliações do governo federal. Está de olho na campanha eleitoral de 2006. Seus aliados dizem que ele está com o caixa cheio e quer mesmo concorrer a presidente da República. Se perder em 2006 para Lula, acha que estará cacifado para 2010. Um grupo de especialistas em campanhas eleitorais está abastecendo o governador com as análises de cenários.

A agência GW já foi contatada para o projeto. E o Ibope tem feito pesquisas sob encomenda sobre as possibilidades eleitorais do governador. O Palácio do Planalto sabe disso. Escolheu Alckmin como o alvo tucano da vez, junto com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos planos tucanos, FHC será pressionado para dar uma forcinha a Alckmin, lançando-se candidato a governador de São Paulo em 2006, contra o petista Aloizio Mercadante.