15/04/2009 - 10:00
Ao ser indagado sobre o que pensa do presidente dos EUA, Barack Obama, o ator americano Sylvester Stallone preferiu brincar. "Oh, eu amo La bamba, é minha música favorita", disse à IstoÉ, esboçando um sorriso e uma expressão que não deixavam dúvidas: entendeu a pergunta, mas não queria falar de política. O astro dos filmes de ação está no Rio de Janeiro, onde começou a rodar na semana passada, em Mangaratiba, Os mercenários (The expendables). A história repete os clichês do gênero que o consagrou: um grupo de mercenários chega a uma ilha da América Latina para combater – com muita pancadaria – um ditador detestado pelo povo.
Não aparentando os seus 62 anos, Stallone continua o mesmo ator musculoso que no passado deu vida aos reis da testosterona Rambo e Rocky Balboa. Os enredos de seus filmes também não mudaram. A trama segue a fórmula "viver por nada ou morrer por alguma coisa" – a famosa frase de Rambo. "É um tema de redenção que usei muito na minha vida", diz o ator, que também dirige a produção. Ele interpreta Barney Ross, um tipo que odeia o mundo por ter visto desgraças demais. Mas, quando chega a um país sofrido e vê o que as pessoas estão passando, decide ajudá-las e se sente vivo: "Acho que todos nós queremos fazer algo que tenha algum sentido.
Nesse ambiente opressivo, ele encontra uma beldade, a líder comunitária Sandra, interpretada pela atriz brasileira de origem mexicana Giselle Itié – para ser coerente com o sofrimento dos que vivem sob a tirania, ela teve de emagrecer quatro quilos. Stallone acha ditadores, como o da história, absolutamente fascinantes: "Eles começam com uma grande filosofia, agem como libertadores e depois enlouquecem." Mas não explicou por que a trama se passa na América Latina: "Eu me inspirei em El Salvador, Coreia do Norte, Cuba, América Central, Rússia e Uganda."