Ao depor na CPI dos Grampos na quartafeira 8, o delegado da PF Protógenes Queiroz usou 48 vezes o habeas-corpus que lhe permitia ficar calado quando lhe conviesse – e a sua conveniência era não detalhar a participação da Abin na Operação Satiagraha. O STF deu-lhe essa garantia porque é direito constitucional de qualquer cidadão, mesmo depondo como testemunha, não responder a perguntas que possam incriminá- lo. Na verdade, Protógenes falar ou calar não fez a menor diferença. A CPI foi o marasmo de sempre. Nenhuma novidade também no relatório da Corregedoria da PF, que praticamente lança o delegado como candidato: a principal acusação diz que Protógenes visa à carreira política e, para tal, valeu-se de forma midiática de suas funções quando prendeu Daniel Dantas. Aponta também que ele feriu a