Ali Haider/ EFE

Alvo graudo: Ali al-Haidari, governador provincial de Bagdá

A pouco mais de um mês das eleições no Iraque patrocinadas pelos americanos, uma onda de violência terrorista desencadeada pela resistência vem varrendo o país. Na última semana, mais de 50 pessoas morreram em decorrência de atentados terroristas, entre eles o governador provincial de Bagdá, Ali al-Haidari. Este último atentado foi reivindicado pelo grupo de Abu Musab al Zarqawi, o lugar-tenente jordaniano de Osama Bin Laden no Iraque. Na quarta-feira 5, ataques com carros-bomba a instalações policiais e militares mataram mais 24 pessoas, a maioria iraquianos.

Apesar do recrudescimento da violência, o primeiro-ministro do governo provisório, Iyad Allawi, reiterou que a data da votação será mantida. Mas o próprio governo provisório está dividido. O presidente, o sunita Ghazi Yawar, disse ser a favor do adiamento do pleito. “É uma disputa que ameaça abrir uma perigosa crise entre os dirigentes xiitas e sunitas”, analisou um político iraquiano. A minoria sunita, que dirigia o país na época de Saddam Hussein, vem se opondo à realização das eleições. De qualquer maneira, os EUA não pretendem fazer nenhum adiamento e o comando militar americano anunciou que enviará mais 35 mil soldados para patrulhar as ruas de Bagdá no próximo dia 30, quando deverão ser realizadas as eleições iraquianas. Por via das dúvidas, o governo iraquiano resolveu prorrogar por mais 30 dias o estado de sítio em vigor desde novembro.