21/09/2005 - 10:00
Em um aspecto o PT voltou às origens: na falta de dinheiro. Na segunda-feira 12, uma sacola passava de mão em mão no Sindicato dos Engenheiros (SP). A “vaquinha” para o aluguel do local do ato de “refundação” do PT rendeu R$ 358. Mas os anfitriões deixaram de graça. A filósofa Marilena Chauí ressuscitou o lema “No Pasarán”, dos comunistas na Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e desabafou: “Por que somos tão odiados? Porque fomos o principal construtor da democracia no País.” Falido, com a imagem destruída, rachado, com sete candidatos a presidente, o PT começa a definir o seu destino na eleição do domingo 18. Serão escolhidos os dirigentes que comandarão o projeto de reeleição do presidente Lula.
O Campo Majoritário é um racha só: Ricardo Berzoini não uniu os moderados por suas críticas à economia e devido à briga por quem disputará o governo de São Paulo. Ele tem o apoio do senador Aloizio Mercadante, mas perdeu o da ex-prefeita Marta Suplicy. Ganhou Valter Pomar, que se fortaleceu com o apoio dela e do prefeito do Recife, João Paulo. Maria do Rosário e Raul Pont também têm votos moderados. Plínio de Arruda Sampaio é criticado por sinalizar sair do PT. “Os militantes vão dizer que partido querem”, disse Lula, lamentando que o clima não fosse de tranqüilidade. Essa palavra não consta no dicionário petista.