18/08/2004 - 10:00
Estudos veterinários comprovam que um galo gasta em média três segundos para atingir o clímax em uma relação sexual. O homem brasileiro leva 30 minutos, segundo dados do Atlas Penguin do comportamento sexual humano. Mas, na contramão dessa pesquisa, um motel de Diadema, na Grande São Paulo, inova e cobra R$ 1,99 por três minutos para tentar atrair uma clientela de “homens-galo”.
Nem mesmo as Organizações Tabajara, do Casseta & Planeta, fariam promoção melhor, até porque há homens que conseguem ter prazer em apenas três minutos. Pelo menos é o que garante Aparecida Pérpetua Rodrigues, há dois anos recepcionista do Diamor Motel.
– Um homem disse que ficaria só três minutos e eu falei para ele que talvez fosse pouco. Mas ele disse que dava sim. Aí, eu fechei o portão. Quando virei as costas, ele já estava de volta e disse:
– Não falei que ia dar?
Em seguida, lembra a recepcionista, o cliente olhou para a moça ao seu lado e perguntou:
– Você não está satisfeita, querida?
– Completamente –, respondeu sua acompanhante.
O tempo médio da performance dos “homens-galo” é de seis minutos,
segundo Aparecida. “Nenhum levou mais de 12 minutos até hoje”, garante. A cronometragem da recepcionista está de acordo com o tempo de permanência dos casais no motel, como pode ser comprovado pelo livro de registros. A “rapidinha” atrai fregueses de todas as camadas sociais. “Aqui tem muito cliente com carro novo. Já veio até BMW. Tem filho de empresários da cidade e também advogados, que mostram a carteira da OAB”, revela a recepcionista.
O “Diamor” é um motel simples, mas bem-cuidado. Tem chalés sofisticados a preços similares a outros de sua categoria, inclusive com camas redondas.
Os quartos de R$ 1,99 contam com os mesmos serviços encontrados nos
motéis tradicionais. Os casais podem adquirir no “Diamor Shopping”,
segundo o catálogo encontrado no quarto, “tanga sexy” ou calcinhas
“Bumbum Tchan”, a R$ 10 cada uma.
Na entrada, a recepcionista expõe a tabela de preços a cada três minutos. Se o cliente quiser uma “corrida fechada”, por uma hora, fica mais em conta: R$ 15. Trinta minutos à base de R$ 1,99 já não compensa. O cronômetro, nesse caso, registraria R$ 19,90. “Muita gente aparece a pé para perguntar. E pensa que é R$ 1,99 por uma hora e aí não volta”, diz Aparecida. A idéia foi da proprietária, a empresária Silvia Albert, e começou no Natal. “Como Natal tem a ver com peru e peru tem a ver com motel, demos o nome de promoção do peru”, explica a recepcionista. Não se sabe a razão, mas os clientes “1,99” aparecem principalmente pela manhã, entre 7h e 10h, ou à tarde, entre 15h e 17h. Um aviso: o Diamor não aceita passe nem vale-refeição.