01/09/2004 - 10:00
Durou apenas 47 minutos o acordo de líderes do Senado, na quarta-feira 25, para tentar fazer andar as votações. Nem um passo foi dado nos projetos de Lei de Falências, das Parcerias Público, Privadas, etc. Ganhou a ribalta um inflamado discurso, naquele mesmo dia, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Protestava quanto à ação movida pelo PT contra suas declarações segundo as quais o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, seria corrupto. A ação do PT foi derrotada no Supremo Tribunal Federal. Mas Tasso teve manifestações gerais de apoio no Congresso. Na verdade, era outro o tema de bastidores em torno do discurso de Tasso: a caça às bruxas que o governo estaria promovendo contra seus inimigos. Circulava que já havia dossiês sendo preparados contra familiares do tucano. Um líder partidário saiu de uma conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, alarmado. Comentou com os colegas: teria muita gente tendo seus telefones monitorados. O affair Tasso serviu como catarse.
