13/10/2004 - 10:00
Em Tainá ? uma aventura amazônica (2000), os diretores Tânia Lamarca e Sérgio Bloch conseguiram a proeza de lidar com assuntos sérios ? como o contrabando de animais e a cobiça das multinacionais pela Amazônia ? de uma forma atraente para o público infantil. O segredo foi centrar a história em Tainá (Eunice Baía), uma indiazinha de oito anos criada pelo avô Tigê (Ruy Pollanah), que a transforma em defensora da flora e da fauna ao presenteá-la com uma pedra mágica, o muiraquitã. Só no Brasil, a aventura estrelada pela atriz mirim paranaense levou cerca de um milhão de pessoas aos cinemas. Tainá vive suas estripulias no rio Negro ao lado de Joninho (Caio Romeu), um típico garoto de cidade. É do confronto entre as duas visões de mundo que surge a mensagem ecológica efetiva, que não passou despercebida pelo Festival do Rio BR 2000 e pela Mostra Nacional do 11º Festival do Cinema de Natal, nos quais o filme foi premiado. Tainá foi também muito aplaudido nos festivais de cinema infantil de Chicago e de Nova York, apesar de os vilões, Smith (Luiz Carlos Tourinho) e Meg (Beth Erthall), serem americanos. Contra eles, unem-se os trapalhões Boca (Charles Paraventi) e Shoba (Alexandre Zachia). Alinhava a trama educativa uma noção rígida de amor familiar transmitido pelo piloto Rudi (Jairo Matos) ? que adota Tainá após a morte do avô ? e pela bióloga Isabel (Branca Camargo), mãe de Joninho.