17/09/2010 - 21:00
INOVAÇÃO
Coutinho valeu-se de seu conhecimento em navegação
astrônoma para criar suas histórias
Certo dia, os algarismos – eles mesmos: 1, 2, 3, 4, etc. – marcam uma audiência para decidir qual é o mais importante da tabuada. Vaidosos e às voltas com pequenas intrigas, discorrem, um a um, sobre suas qualidades. A ideia de dar vida a essas entidades abstratas não foi do escritor inglês Lewis Caroll, autor de “Alice no País das Maravilhas”, que, entre outras coisas, era matemático e estudioso da lógica. Foi, isso sim, do brasileiro Lázaro Coutinho. Em seu romance “A Convenção dos Algarismos” (Livraria da Física), os personagens são numerais e suas conversas tratam de curiosidades ligadas a conceitos como geometria do pentagrama e outras complexas descobertas do raciocínio. Na saborosa narrativa, o autor revela interpretações místicas atribuídas aos números e como eles passam a ter uma “personalidade” no ambiente social.
PROVA DOS NOVES
“Geometria dos Mares” trata de navegação e
“A Convenção dos Algarismos”, dos segredos do cálculo