07/09/2005 - 10:00
Os juristas e advogados que participaram das discussões sobre as perspectivas da crise política foram unânimes em afirmar que o lamaçal de hoje poderá resultar em benefícios, desde que haja reformas. “É na crise que se cresce”, acredita o juiz gaúcho Jorge Maurique, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Para o ex-ministro da Justiça de Collor, o carioca Célio Borja, “é preciso reduzir a centralização do Executivo”. Já o paraense Paulo de Tarso Ribeiro, que ocupou esse cargo na gestão de Fernando Henrique Cardoso, acha que o Judiciário e a política são as áreas que mais precisam de mudanças.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), o mato-grossense Marlan de Moraes Marinho, aposta no financiamento público de campanhas, mas o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Otávio Gomes, discorda: “Os empresários é que devem contribuir, com isenção de impostos.” Embora não veja em Lula um estadista, o juiz Maurique o chamou de “maior líder operário da história”. Célio Borja acha que Lula representa o povo brasileiro. Ninguém vê ainda argumentos legais que possam levar o presidente ao impeachment.